Projeto transformador realiza atendimentos gratuitos para mais de 800 mulheres carentes em Araguaína

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No dia 23 de março, a Faculdade Facit realizou mais uma edição bem-sucedida do projeto Facit Mulher, desta vez na Escola Municipal Luiz Gonzaga, localizada no setor Costa Esmeralda. O evento contou com a participação de mais de 200 mulheres da comunidade, que receberam atendimentos e orientações voltadas para a saúde e o bem-estar.

Ao longo da tarde, foram realizados aproximadamente 800 atendimentos, abrangendo diversas áreas de cuidado e orientação. Entre os serviços oferecidos, destacam-se a entrega de 160 kits de higiene pessoal e bucal, além de orientações específicas sobre cuidados com a saúde bucal durante a gestação, triagem para posterior atendimento odontológico, teste de glicemia, aferição da pressão, orientação sobre seus direitos, especialmente os direitos das mulheres. Um bazar foi organizado, proporcionando acesso a itens essenciais com preços acessíveis.

Um dos momentos mais significativos do evento foi o lançamento do projeto “Maria da Penha na Escola”, idealizado pela Secretaria Especial da Mulher. Esse projeto visa levar informações sobre a Lei Maria da Penha para escolas, contribuindo para a conscientização e prevenção da violência contra a mulher desde a infância.

Breve histórico do projeto

O Projeto Facit Mulher teve origem em Araguaína devido à alta incidência de violência doméstica na região. Reconhecendo a necessidade de formar alunos de Direito com sensibilidade para essa temática, o projeto foi iniciado com o objetivo de envolver os alunos do curso na promoção da conscientização, oferecendo serviços para as mulheres da comunidade.

Desde o início, o evento contou com a adesão de todos os cursos da Facit, proporcionando, diversos serviços como atendimento odontológico, consultoria em administração para empreendedorismo feminino e orientações sobre saúde veterinária e radiologia. Além disso, o projeto estendeu sua atuação para além do evento, realizando visitas ao presídio de Babaçulândia, onde foram distribuídos kits de higiene feminina e realizadas conversas com as detentas, visando conscientização e prestação de serviços à comunidade.

Dentro da academia, o projeto visa preparar os alunos não apenas para o mercado de trabalho, mas também para a sensibilidade humana e para questões sociais, como a vulnerabilidade das mulheres e a violência doméstica. Pretende-se formar profissionais que possam promover a justiça e a cidadania, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das mulheres afetadas por essas questões na comunidade local.

Hoje o projeto acontece anualmente no mês março, mobilizando toda a comunidade acadêmica para angariar itens para doação. A culminância do projeto acontece em regiões carentes da cidade, com a prestação de diversos serviços, desde a orientação jurídica até atendimentos e orientação de saúde.

Em entrevista para esta matéria, a advogada e professora Bruna de Paula, do curso de Direito, comentou: “Bauman fala que a gente vive numa sociedade líquida. Tudo é muito superficial, muito passageiro. E para o papel que desempenhamos hoje, enquanto operadores do direito, é preciso ter essa preocupação com o lado humano da pessoa que está do outro lado, seja do nosso assistido, do nosso cliente, de uma testemunha sendo ouvida ou de uma denúncia que chega no escritório.”

 

Bruna ainda afirmou que tem muito carinho e muito orgulho desse trabalho com todas as turmas para que eles possam adentrar nesse universo e entender a temática, desenvolvendo a empatia, e para que as alunas desenvolvam a sororidade para sair do discurso comum, do senso comum e de ser não apenas mais um profissional que vai atuar no mercado de trabalho com capacidade técnica, mas também com esse olhar mais humano.

O sucesso dessa edição do evento foi resultado do trabalho mútuo entre professores, coordenadores, alunos e do apoio da Prefeitura Municipal de Araguaína e da Secretaria Especial da Mulher, que reconheceram a importância de iniciativas como o Facit Mulher para promover a saúde, a cidadania e o empoderamento das mulheres na comunidade.

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