Nascido em 2013, o projeto conta agora com apoio da prefeitura de Araguaína
Tradição na Faculdade de Ciências do Tocantins – FACIT-TO desde 2013, o projeto “Plantar e Cuidar” que já havia extrapolado os muros da instituição subiu de nível, agora os alunos da instituição são incentivados a produzir as mudas e a compostagem que servirá para adubar as novas árvores.
O projeto nasceu com o intuito de abolir o trote entre veteranos e calouros, além de despertar neles a conscientização e vontade pela preservação do meio ambiente.
A coordenadora acadêmica da FACIT-TO, Tatiana Cunha, explicou que, no início, o projeto envolvia somente o plantio de mudas nativas dentro do campus da instituição, mas que, para ampliar o alcance da iniciativa, foi feita uma parceria com a prefeitura de Araguaína.
“Percebemos que é interessante que os alunos aprendam a produzir as mudas e o adubo para nutri-las, porque a ideia é que eles usem o aprendizado não só aqui dentro, mas lá fora, ajudando a sua casa com uma horta ou mesmo a comunidade ao qual está inserido”, pontuou Tatiana.
“É com projetos dessa natureza que nossos estudantes construirão um mundo melhor. Os Projetos de Extensão da FACIT-TO estão sempre oportunizando aos acadêmicos fazer a conexão com a sociedade, por meio de produção e da aplicação do conhecimento, em articulação permanente com o ensino e a pesquisa”, completa Maria das Graças, coordenadora dos projetos de extensão da faculdade.
Nova estrutura
O “Plantar e Cuidar” deste ano foi dividido em três fases: na primeira os acadêmicos aprenderam sobre o plantio de mudas, nutrição e sobre como fazer a compostagem.
Na segunda etapa irão, por meio de parceria entre a FACIT-TO e Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Araguaína, visitar o viveiro municipal.
Na última fase do projeto, os participantes plantarão sua árvore em um local determinado pela prefeitura e faculdade
Palestras
Os alunos foram lembrados de que, mesmo que o gesto esteja carregado de boas intenções, plantar uma árvore na calçada de casa, por exemplo, requer planejamento e cuidado. A escolha de uma espécie “errada” pode prejudicar a estrutura da residência e até mesmo provocar um envenenamento.
Foi sobre esse assunto que Rodrigo Szkut, técnico agrícola da equipe responsável pela produção de mudas da cidade, discutiu com os calouros presentes.
“Existem árvores que contêm toxinas. A pessoa acaba plantando porque acha muito bonito e, sem querer, coloca em risco a saúde dos demais. Tem o exemplo da espirradeira, um arbusto que floresce o ano todo, as flores chamam muita atenção, mas comer qualquer parte dela pode levar à parada cardíaca e à morte”, destaca Rodrigo.
O instrutor também mostrou como é feito o plantio de mudas, desde a semente até o destino final delas, além de falar sobre as principais variedades que melhor se adaptam às áreas urbanas e matas nativas.
Depois de entender como uma nova árvore brota, os calouros descobriram como nutrir essa nova fornecedora de sombra. Eles aprenderam na prática com o técnico em agropecuária e gestão ambiental, Luiz Carlos Cabral, sobre como fazer uma compostagem doméstica.
“Ao fazer uma compostagem, você vai reduzir a quantidade de lixo que seria destinado ao aterro sanitário, reaproveitando esse material e transformando em um adubo que pode ser usado para cultivar uma horta doméstica”, enfatiza Cabral.
Todos os profissionais que palestraram trabalham na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Araguaína.
Uma atitude cheia de vantagens
Caloura do curso de medicina veterinária, a Maria Clara Miranda já tinha ouvido falar do projeto.
“Esse projeto é vantajoso porque ajuda o meio ambiente, nos dá sombra e frutos, então todo mundo só tem a ganhar”, finalizou a acadêmica.