Baixinha no apelido mas gigante na superação, Alzenyr é exemplo de garra e disposição
As mulheres são diferentes em aparência, tamanho, cor de cabelo, peso, manequim e, sobretudo, nas suas histórias. Nenhuma delas estampa as cores e as dores da trajetória ou andam com um livro debaixo do braço relatando seu dia a dia, desafios superados ou check-list de sonhos a realizar.
As mulheres que ajudam a fazer a FACIT – Faculdade de Ciências do Tocantins são ímpares, cada uma com sua identidade, desejos, medos, desafios a serem superados, conquistas realizadas, histórias se concretizando e sonhos a serem realizados.
A Facit é 80% mulher na sua força de colaboração e isso vale em todos os setores.
Alzenyr Alves da Costa é uma das muitas que reunimos por aqui. Ela tem uma vida cheia de lutas, superação e vitórias. Uma estrada percorrida capaz de inspirar outras e movida pela vontade de ser fonte de mudança.
A “Baixinha” da FACIT 1, como é carinhosamente chamada pelos colegas, é colaboradora há sete anos na área de Serviços Gerais e gosta do que faz, ainda mais em uma faculdade feita e liderada por mulheres. Para se ter uma ideia, 86% dos colaboradores da instituição são mulheres.
“Poder fazer parte da história da faculdade e ver que ela é comandada por mulheres me inspira, porque é a prova viva de que nenhum sonho é inalcançável só porque uma pessoa é mulher”, destaca.
Separada há 17 anos, Alzenyr é mãe de três: Maria Eduarda Costa de Sousa, 22 anos; Yasmin Costa de Sousa, 16; e o caçula João Lucas Alves da Costa, de seis anos. “Desde que minhas filhas eram pequenas, trabalhei para cuidar delas. Tive outro filho, o João Lucas, e no ano passado ele teve um problema de saúde que me faz viajar regularmente para a cidade de São Paulo para fazer o tratamento. Aí eu preciso ficar um mês sem trabalhar”, conta Alzenyr.
O tratamento do João é intercalado com o trabalho: três meses na FACIT e um mês acompanhando o filho no atendimento. “Graças a Deus, o tratamento está ocorrendo tudo bem. Às vezes, eu passo um mês e volto. Cheguei de viagem quarta-feira passada, dia 2. A FACIT sempre me acolhe de volta, graças a Deus”, comenta.
A Baixinha tem muita fé e retira da religiosidade a força que precisa para seguir adiante no seu dia a dia, sempre rogando pela intervenção divina quando se trata da saúde da família. “Não é fácil, mas Deus dá forças. Trabalhar, cuidar da família, mesmo com imprevistos, não pode abaixar a cabeça. Tem que levantar e trabalhar sabendo que você vai ter que sair um ou dois meses, o que for preciso, e voltar de novo”, disse.
Essa garra que a Baixinha demostra todos os dias, de nunca ficar triste, exibir um sorriso e estampar a felicidade no rosto é fonte de inspiração para suas colegas, algo que lhe enche de orgulho. “Me sinto privilegiada pelas pessoas se inspirarem em mim. Devemos dar graças a Deus pelo dom da vida e por ter a oportunidade de trabalhar, ainda mais depois de uma pandemia dessas. Então, eu faço tudo com amor e carinho. Tento sempre estar com um sorriso na cara”, conta.
Para as mulheres que já pensaram em desistir, Alzenyr deixa uma mensagem de perseverança. “Falo para todas: não desista, Deus não desampara ninguém, tem sempre que fazer as coisas com um sorriso na cara, alegre, porque Deus não gosta de tristeza. Deus gosta de gente alegre, sorridente”, incentiva.