Alunos e professores trocaram livros, aprenderam mais sobre o Português falado e declamaram poemas
O Dia Internacional da Língua Portuguesa, celebrado em 5 de maio, foi lembrado e comemorado por professores e alunos de Odontologia da Faculdade de Ciências do Tocantins – FACIT-TO. A ocasião incluiu a troca de livros entre os participantes, uma palestra sobre a Língua Portuguesa falada e declamação de poemas.
A professora Severina Alves de Almeida, uma das mentoras da atividade, ressaltou que a Língua Portuguesa é viva em suas inúmeras variações.
“Nós estudamos os adjetivos, substantivos, verbos, mas nos esquecemos da língua falada no cotidiano, da linguagem falada pelo indígena, quilombola, ribeirinho, moradores da roça, essas pessoas que muitas vezes não têm acesso ao letramento da academia. A língua tem o poder de incluir ou excluir as pessoas e nós estamos tentando fazer aqui na FACIT-TO um trabalho de inclusão social, trazendo comunidades com sua forma própria de falar o Português, as variações como se fosse uma segunda língua”, disse a docente.
Troca cultural
Cada participante trouxe um ou mais livros para propor trocas durante o encontro. Karla Gabriela Cardoso Silpa, aluna do 2º período de Odontologia, levou para casa o livro “O tear do destino” após trocar por “Vidas Secas”.
“Não é a primeira vez que participo de atividades como essa, mas aqui no Tocantins é a primeira vez eu vi. Achei bastante interessante, é uma ótima iniciativa da faculdade, porque muita gente já perdeu o interesse nos livros, salvo os de estudos dos cursos”, lembrou Gabriela.
Fundamental o tempo todo
A professora Eliana Andrade também levou para casa novos livros e reforçou que, principalmente na área da saúde, o profissional precisa ter contato com as diversas variações do Português para lidar com todos os tipos de público.
“O profissional da área da saúde precisar usar a comunicação no seu dia a dia, a Língua Portuguesa. E para ele se comunicar, ele precisa entender que tem vários públicos-alvo, vários ciclos de vida: crianças, adolescentes, adultos e idosos. E o que vai prover o conhecimento técnico dessa comunicação é a leitura”.
“O aluno do curso de Odontologia, por exemplo, no exercício da profissão, vai lidar com pessoas que falam o Português fora da norma culta da língua e é preciso compreender isso, porque não é menos importante”, completou a professora Severina.