Exposição da Facit chama atenção para violência doméstica contra mulher tocantinense

O número de feminicídios no Tocantins está acima da média nacional, de acordo com o Atlas da Violência 2019. No Brasil, o número de homicídios de mulheres dentro de suas próprias casas aumentou 17,1%, de 2012 a 2017. Do total de feminicídios, 28,5% dos casos ocorrem dentro da residência e poderia até ser 39,3%, se não considerarmos os óbitos em que o local do incidente era ignorado.

Para chamar atenção para esse fato, a Liga Acadêmica de Integração e Felicidade (Laif) da Faculdade de Ciências do Tocantins (Facit) organizou uma exposição na Unidade II, que fica localizada às margens da Rodoviária Estadual TO-222.

A exposição

Durante o mês de março, o varal com camisetas que remetem o uso da violência do homem para controlar a mulher ficará na entrada principal do prédio da graduação. “É uma sequência de violência contra a mulher, começando por ‘foi só uma vez’, ‘eu gritei com ele’, passando para ‘foi a última vez’, até chegar na violência fatal”, explicou a professora Eliana Andrade, que é coordenadora da Laif.

Para Eliana, a violência contra a mulher está naturalizada, e que além da física existem as violências: psicológica, moral, patrimonial, verbal, dentre outras. “A gente sempre escutou que em briga de marido e mulher ninguém mete a colher, mas a violência é tão grande que a gente tem que abrir os olhos da sociedade para não naturalizar essa violência”, alertou.

No lugar onde ela quiser

Ao logo do mês a exposição será implementada com frases que comumente são ouvidas pelas mulheres, como “mulher tem pé pequeno para ficar mais perto da pia”, “mulher tem que pilotar o fogão”, “mulher tem que ficar com cabelo grande”.

Ombro amigo

A presidente da liga e acadêmica de odontologia, Carol Carvalho, conta que recebe mulheres que sofreram abusos e precisam desabafar. “A gente acaba recebendo meninas que reportam alguma violência, até casos de abuso sexual. É uma questão muito difícil porque adultos complicados são crianças feridas”, destaca.

A intenção da Laif é trazer reflexão da comunidade acadêmica sobre saúde mental, propósito de vida, carreira profissional e também sobre assuntos.

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