Curso de Medicina Veterinária da Facit é composto de mais de 50% de mulheres

Faculdade Facit já desponta do cenário brasileiro que mostra um crescimento acelerado da participação de mulheres no mercado de trabalho, dentre elas, na área das ciências agrárias e biológicas

Uma mudança de paradigma tem-se notado ao longo das décadas quando se analisa o mercado de trabalho no país, em específico, na área das ciências agrárias e biológicas. Um meio que era praticamente dominado por homens, houve um crescimento gradativo na participação de mulheres nesta área, especificamente na Medicina Veterinária.

O que pode ser constatado no curso de Medicina Veterinária da Faculdade de Ciências do Tocantins (Facit), as mulheres representam 57,4% do total de acadêmicos, reforçando a conquista histórica delas nesse meio. Mas precisa-se ressaltar que muitas barreiras ainda deverão ser derrubadas.

A coordenadora do curso, Fernanda Luz Alves, destaca o avanço das mulheres na área. “Fico imensamente feliz em ver o número crescente de mulheres no curso, são mais de 50% e a grande maioria delas têm interesse em trabalhar com animais de produção, o que até pouco tempo era uma área predominantemente masculina”, comentou.

Segundo Fernanda, na sua trajetória acadêmica viu muitas vezes as mulheres serem deixadas de lado durante as aulas práticas que julgavam ser de homens, o que causava constrangimento e timidez. “Fico feliz de ver que essa geração de mulheres não se deixa abater e estão cada dia mais fortes e atuantes”, destacou.

“A FACIT é fruto de mulheres empreendedoras e que incentivam o crescimento da mulher, sou muito grata por fazer parte dessa família que tem muitas mulheres fortes e inspiradoras”, concluiu a coordenadora.

Desafios da profissão

A acadêmica Gabriela Gomes Carvalho da Silva sabe o quanto ainda deve-se lutar nesse espaço, mantendo sempre as conquistas já realizadas ao longo de décadas. Ela conta que foi a partir do segundo período do curso que sentiu a pressão de ser mulher em um curso da área de Ciências Agrárias.

“Apesar de que os cursos que fazem parte dessa área sejam compostos majoritariamente por mulheres, é incrível como ainda em pleno século XXI haja tanto preconceito e desigualdade de gênero enraizado nesse meio”, conta Gabriela.

De acordo com a acadêmica, o que ainda precisa ser discutido e derrubado são questões como assédio, falta de oportunidade e desigualdade salarial, apenas por ser mulher. “O meu recado de hoje para todas nós (mulheres) é que possamos nos unir mais, continuar não baixando nossa cabeça, e que o nosso conformismo se extingua frente a práticas machistas que vivenciamos rotineiramente”, completou.

Conquistas e lutas diárias

Para outra acadêmica de Medicina Veterinária, Waynna Macedo Dias, a escolha do curso foi um dos desafios da sua vida. “No decorrer da minha vida sempre gostei de desafios, e o curso de medicina veterinária é de fato desafiador”, conta.

“Como mulher me sinto privilegiada por estar cursando o que sempre sonhei em fazer, se compararmos tempos mais remotos em que nós mulheres éramos inferiorizadas, com os dias atuais, podemos perceber o quanto isso tem mudado, as mulheres tem sido cada vez mais atuantes na profissão de medicina veterinária”, declarou a acadêmica.

 Waynna ainda deixa um recado para as mulheres. “Ainda temos um longo caminho pela frente, mas a mensagem que deixo para todas as mulheres é essa: os animais não vão escolher o profissional pelo sexo, mas sim pela sua competência, se alguma mulher já fez no passado, você também consegue. E se nenhuma fez, seja a primeira”.

Cenário brasileiro

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), atualmente, o país conta com 118 mil médicos veterinários em atividade, dos quais 58,4 mil, ou 49%, são mulheres. Até os anos 1980, elas representavam apenas 20% da categoria no país.

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